A apenas 3 horas da cidade de Lisboa encontra-se a ilha da Irlanda, conhecida como a Ilha Esmeralda. E foi esse o destino escolhido para desfrutar, na companhia de amigos, de umas pequenas férias de Novembro. E tudo correu na perfeição… bem, quase tudo.
DIA 1
Aeroporto de Dublin – Dublin – Temple Bar
Começámos por alugar um carro no aeroporto de Dublin. Um Ford Fiesta vermelho ideal para três pessoas. Era o veículo mais barato da agência. Foi o nosso companheiro durante os 5 dias ajudando-nos a percorrer aproximadamente 1.000 km pelas estradas nacionais e pseudo auto-estradas da ilha da Irlanda.
Dada a hora (13h00) deslocámo-nos ao hotel perto do centro de Dublin e depositámos as malas no quarto. Escolhemos para essa noite o Double Tree by Hilton, numa promoção no Booking de 50 % no valor da estadia. Pela localização do hotel decidimos, nessa tarde, fazer toda a visita ao centro da cidade a pé.
DIA 2
Dublin – Newgrange – Belfast
No segundo dia rumámos bem cedo para a Irlanda do Norte. Mais de 170 km separavam-nos de Belfast. No entanto planeámos fazer um pequeno desvio para visitar o Newgrange Stone Age Passage Tomb bem como o Knowth Megalithic Tomb, perto de Drogheda, em Boyne Valley.
A sorte acompanhou-nos nesse dia. A visita era gratuita, o que nos fez poupar cerca de 11 euros por pessoa (adulto).
A visita superou as expectativas. Estes dois espaços estão referenciados como mais antigos que as próprias pirâmides do Egipto tornando-os dois dos sítios mais pré-históricos do planeta. O transporte para cada um dos locais é feito através de um transfer (autocarro) e inclui visita comentada por dois guias.
Apesar da história recente entre Católicos e Protestantes e que, ainda hoje está bem marcada pelo ainda existente muro que separa os bairros de cada uma das religiões, a cidade tem muito poucos espaços históricos/culturais para se visitar. À semelhança de Dublin, os espaços culturais encerram cedo, incluindo as igrejas. Posto isto, acabámos por passar a tarde/noite a passear pelo centro da cidade, começando pelo City Hall, Victoria Square, St Anne’s Cathedral e pelas principais ruas comerciais e becos com muros grafitados.
Acabámos a noite a assistir ao concerto de Judith Owen, no Black Box, a convite de um dos elementos da banda, Pedro Segundo, português, que se encontrava a jantar no mesmo espaço que nós.
DIA 3
Belfast – Giant’s Causeway – Dublin
O dia começou com uma rápida passagem pelos bairros católicos e protestantes da cidade de Belfast para ver o muro que ainda os separa. Não é uma zona turística mas existem os Black Taxi que fazem o circuito pelo Peace Wall. Optámos por fazer o circuito no nosso carro até porque os bairros ficavam muito próximos do centro da cidade (Belfast é uma cidade pequena). Além deste muro tivemos oportunidade de ver o muro construído pelos que defendem a igualdade e que lutam pela não divisão entre as religiões na cidade de Belfast.
Ainda antes do almoço rumámos em direcção à costa norte da Irlanda com um único foco – A Calçada dos Gigantes (Giant’s Causeway). Por detrás desta maravilha existe uma lenda, a lenda do gigante irlandês Finn MacCool. Mas nada melhor do que conhecer a história in loco com a ajuda do audioguia (sim, existe em português!). A entrada no espaço turístico custa 9 euros (inclui o audioguia) e em todo o percurso é fantástico observar a paisagem envolvente, a rocha em forma de camelo, as chaminés rochosas e outras formações que complementam a beleza da própria calçada ex-libris da região.
265 km depois… 3 horas depois… de novo em Dublin. Pelo dia intenso de viagem, acabámos por nessa noite não sair e descansar melhor no hotel (Ballsbridge Hotel).
DIA 4
Dublin
Aproveitando que o dia seria todo gozado na cidade de Dublin, dedicámo-nos à visita interior dos museus. Iniciámos a rota na Guiness Storehouse, que ainda fica a cerca de 15 minutos a pé do centro da cidade. Comprámos previamente o bilhete pela internet, pelo valor de 14 euros (mais barato do que comprado na bilheteira, evitando também as filas de espera). Por 1 euro adicional tivemos acesso ao audioguia (sim, em português!) que foi uma grande mais valia para perceber e usufruir melhor de toda a história e experiência do museu. Por ser possível, aproveitámos para trocar o bilhete por uma cerveja num dos pisos superiores.
Pelos horários de encerramento dos Museus, os planos a partir das 17h00 seriam outros. Assim, optámos por aproveitar o happy hour de ostras (cada ostra 1,5 euros) no The Klaw, em pleno Temple Bar.
Fechámos a tarde/noite no The Church, uma igreja que foi transformada em bar/restaurante a comer um sortido de fritos acompanhados por uma boa Guiness.
DIA 5
Dublin – Wicklow Mountains – Dublin – Aeroporto
O último dia foi dedicado às Wicklow Mountains. Saímos de Dublin bem cedo em direcção às Wicklow Mountains que ficam a cerca de 30/40 km da capital.
O primeiro ponto de paragem foi na Powerscourt Waterfall, uma das maiores cascatas da Irlanda com quase 120 metros de altura e que fora já cenário de alguns filmes e séries televisivas recentes como a The Vikings. A entrada para o espaço da cascata custa cerca de 6 euros por pessoa.
O segundo ponto foi talvez o melhor que as Wicklow Mountais tiveram para nos oferecer. De difícil acesso às margens (pelo menos de carro) mas com dois pontos estratégicos para o vislumbrar, o Guiness Lake é sem dúvida maravilhoso, tornando-o único quando acompanhado pela paisagem circundante. É este lago que serve de fonte à água utilizada na produção da cerveja Guiness. É um local de passagem obrigatória para quem visita a Irlanda.
Os pontos de paragem seguintes encontravam-se muito perto um do outro. Na região de Glendalough, no Parque Nacional de Glendalough, passeámos junto ao Upper Lake e tivemos oportunidade de voltar aos contos de fadas, mais propriamente à história da Rapunzel, visitando a torre que inspirou o enredo.
Terminámos a noite em Dublin, por coincidência em mais um concerto de Judith Owen, no The Avenue.
Com voo marcado para as 6 horas da manhã do nosso sexto dia, e com o compromisso de entrega do nosso Ford Fiesta até às 23:30 dessa mesma noite, optámos por pernoitar no aeroporto, até à hora do voo.
Conselhos para uma viagem à Irlanda:
1. Levar um cartão de crédito para assegurar reservas (pelo menos para o automóvel);
2. Levar impermeável de plástico que seja fácil de transportar (principalmente em épocas de chuvas);
3. Adaptador de tomada de electricidade sempre presente para assegurar que todos os telemóveis e outros aparelhos (ipads) são carregados durante a noite sem necessidade de efectuar turnos;
4. Estudar bem os mapas das estradas ou registá-los bem no telemóvel ou ipad (se não houver GPS o mapa em papel será um bom amigo);
5. Reservar as entradas na Guiness Storehouse e na Kilmainham Gaol com antecedência;
6. Não pré-agendar muitas visitas. Ir e deixar-se levar.
7. Ter pelo menos 1 dia para Dublin e uma manhã para Belfast;
8. Imprescindível a visita às Wicklow Mountains;
9. Boa disposição e sede de cerveja;
10. Orientar bem a viagem consoante a metereologia. Há locais impossíveis de aproveitar com chuva.
Se pensares em ir basta apenas parar e olhar à tua volta. Não faltarão espaços para visitar e maravilhas para fotografar.